Voraz (de mansinho)
(Mário Liz)
Sonhos em balões de nuvens. Em aeronaves. Em nove mil estrelas. Em tantas mais cadentes. Em danças e confetes. Em fitas, serpentinas. Na luz no fim que nos destina. Na flor, jardim que nos distrai. E n’alma que destoa. À toa, atua, ator, mas nunca atado. As mãos sempre a voar. Vou ar, vou terra, volátil. Sinto minh’alma transpirar. Ela é quente. Ela é canto de mar. Eu sinto toda pressa do mundo que passa. E tudo me vem num poema devagar.