quinta-feira, 29 de setembro de 2011

de carro, moto, navio, avião e foguete...



para o pequeno Arthur, em seus 4 anos de vida...




chora que chora, menino. parece um sino. uma sirene. e do mesmo jeito que chora, ri. e corre. e pula. e toca o leme da imaginação. consegue andar de carro, moto, navio, avião e foguete. e muda de rota sem apertar um botão. apenas fecha os olhos. e abre os do coração. derrete uma pedra feito margarina. e ainda ensina que amar não é vão.  não é sangue. o amor se leva de cavalinho. ou na palma da mão... 

(mário liz)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

a pena penosa

não me julguem por crimes pequenos. não furto galinhas. gosto de vê-las livres: ciscando e sassaricando. na verdade as galinhas chocam apenas os seus ovinhos. e como os meus não se aquecem em qualquer cobertor de penas... eu realmente não me choco com elas. eu me choco é por ter sido defenestrado por tão pouco. sou muito pior que tudo isso. sou vil, sou fel e hediondo. e no meu código de ética, me valho de uma só norma: não furto galinhas.

(mário liz)     

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

às escuras ...


minhas palavras... esquecidas?! errado. em primeiro lugar: eu nunca as esqueço. em segundo lugar: tem sempre alguém que me lê. mesmo você o faz... mas é claro... dentro do armário. passa o olho em uns três versinhos e já se emociona. dá até pra imaginar sua cara de besta. mas sabe... não se culpe. as palavras tem esse poder. o jeito é você fechar os olhos e imaginá-las em outro autor. o único problema será arranjar um jeito de ler com os olhos fechados. um problema que, diga-se de passagem... é somente seu.

(mário liz)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

a grande banana


de repente EU. de repente VOCÊ descobre que não é mais aquele herói. e que os feitos deixaram de ser. de repente EU. de repente VOCÊ percebe que o herói não se perdeu. nem mudou de lado. nem se rendeu. de repente EU. de repente VOCÊ quis ao menos por uma vez pensar em Si. porque pensar em foi o tom nosso de cada dia. de repente EU. de repente VOCÊ perdeu discípulos porque fugiu da cruz. e um mito que se preze deve morrer. de repente EU. de repente VOCÊ apenas trocou de planeta. trocou MÁRTIR por TERRA. e isso é contra o sistema... solar. e de repente EU. de repente VOCÊ teve aquele desejo sem pudor. e mandou o Sol se por!
(mário liz) 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

(...)

assassinos devem assar: o inferno é aqui. assem vivos os assassinos. e depois... há cem sinos para se tocar. e anunciar a festa. brindar a ausência de quem ceifa a vida. e ceifá-los da mesma maneira. e atirar a poeira queimada no esgoto. e pedir desculpa aos ratos pela sujeira causada. porque mesmo eles não merecem tanta imundice. a ponto de preferirem a cabeça presa em uma ratoeira. e eu falo aqui da escória. da história de quem apaga a luz dos outros. e a vida tem luz própria. ela se apaga. não se apega a ninguém para fazê-lo. pois há o capítulo de florescer e há o capítulo de murchar. o que não está escrito é ter as raízes arrancadas da terra.

(mário liz)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

eu digo NÃO aos phophos!


se é pra ser monstro, seja como eu: saia por aí assustando as criancinhas. sente no assento dos idosos. troque o acento das palavras. ataque as mocinhas indefesas. jogue bombas de cocô em seus amigos. amarre uma fatia de salame no rabo de um cachorro. dê laxante a um gato. mije na porta de uma igreja. conte uma piada em um velório. e outras mil eteceteras maléficas. só não me venha bancar o monstrinho bom. porque de monstros altruístas e boas intenções... o inferno, a OAB e o CONAR estão cheios.

(mário liz)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

o amor docê comigo é doce. como se nada mais fosse. e a vida fosse só a gente. e há tanta palha nesse fogo... que ocê sente. ocê sente como eu sinto. como eu sei que não há chuva. e nem há vento ... que apague esse recinto. esse amor sem abster... que não recorre a absintos. eu amocê comocê é. e isso sim é doçura. o resto é aspartame: açúcar disfarçado de amargura.

mário liz


Quem sou eu

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Pouso Alegre, Minas Gerais -, Brazil
Redator Publicitário e Planejamento Estratégico da Cartoon Publicidade, graduado em Publicidade e Propaganda pela UNIVAS. Bacharel em Direito, graduado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas. Roteirista do projeto multimídia E-URBANO1 e E-URBANO2, pela UNIVAS E UNICAMP. Ganhador do concurso nacional de redação de 2006 (MEC E FOLHA DIRIGIDA-RJ), onde superou mais de 37.000 concorrentes. Ganhador do Concurso de Redação da UFSCAR, em 2006. Colaborador da Revista Reuni. Tem publicações na revista científica RUA (UNICAMP) e no LIVRO DIGITAL DE 2011 (UNICAMP).