sábado, 28 de maio de 2011

 
um verso não é um dano, nem escondido, nem aparente. ele pode nascer d’uma dor, mas é feito semente: rompe a terra sem por favor... e  flor-e-sente! ilumina. clarividente. a evidência da alma. e o risco permanente de emprenhar as pessoas. pois a poesia não tem dono: o poeta é o vetor de tudo aquilo que o mundo sente...

(mário liz)

quinta-feira, 26 de maio de 2011


  
  olhos NUS olhos ...




  (mário liz)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

pessoas (passam) pessoas

pessoas (passam) pessoas. gira mundo e olhares. lares. céus e raios. raios solares. e similares ao fogo todos fagulham. fagulham pessoas no mundo. no mundo de todo mundo. marrons marroquinos. arianos. amarelos. pretos como a noite. noite-preta-linda. pessoas (passam) pessoas. gente junta. gente sozinha. gente parada. gente agente. crente e descrente. com pouco. com tanto. contente. vistas do céu parecem formigas. vistas na carne parecem macacos. vistas chorando não passam de cacos... 

quebra-peito, quebra-cabeça: o mundo é uma peça. um grande teatro. ato por ato. nos desacatos. nos trejeitos. são todos atores no aturar da dor e na alegria dos dias menores. e como as pessoas... os dias também passam. dias (passam) dias. e a pele desentranha as nervuras. no preto, no branco e no amarelo: o tempo que rompe o elo resseca a gravura. mas fica gravada a lembrança do riso. o cheiro da dança, do beijo e da jura. a imagem dos caminhares, olhares e lares. pessoas (passam) pessoas. no centro do mesmo chão. e os sonhos nos mesmos ares...

(mário liz)

sábado, 14 de maio de 2011

Análise RuiBrauniana do mundo em 14/05/2011... quando retornamos à Idade Média

casaram a princesa

mataram o terrorista

beatificaram o papa


- é melhor eu sossegar ou ainda me queimarão vivo ...  




(mário liz)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

a Aquarela e o Poema


ela, uma Aquarela numa folha qualquer sem um sol amarelo. ele, um Poema em uma casa muito engraçada, que não tinha teto e não tinha nada. e com 5 ou 6 retas ela fez um castelo... sem um reinado no coração. e ele, o Poema da casa sem chão, sentia-se só... mesmo na multidão. era um peito aberto... mas ninguém entrou ali não. mas um dia a Aquarela viu o Poema... e com o lápis em torno da mão... o encaixou feito uma luva. e o Poema da casa sem parede, agora tinha um castelo para se esconder do frio e da chuva. e ela foi voando, contornando a imensa curva, norte-sul. e ele deu as mãos à Aquarela... e a Rua dos Bobos é agora um imenso céu azul.

(mário liz)

domingo, 8 de maio de 2011

está decretado: é proibido amar outra pessoa. o amor tem de ser certinho. quadradinho. engaiolado e com cheiro de naftalina. se não for assim... é crime. e o decreto decretou que é hediondo ser feliz. e Ai de quem ousar. línguas cortarão asas: azaléias, as arenas de sonhos vividos. azar de quem se arriscar e riscar com cores quentes o cinza criado. azar de quem não for um criado mudo...

(mário Liz)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

S2

você pode pensar que a minha poesia se foi. ou que ela vive no lugar-comum de todas as coisas. ou que minhas palavras são todas iguais. e que não há iguarias. você pode pensar e sentir o que bem entender. e eu também entendo que não é da minha conta decifrar a grande merda que é o seu coração. prefiro dissecar um sapo e assoviar uma canção de roda. prefiro engolir a seco uma perda a decifrar um coração de merda. pra mim, esgoto é esgoto e poesia é poesia. mas você pode pensar o que quiser. e não serei eu a lhe ensinar a diferença entre privada e pia. continue a voar com seus pensamentos. e a escovar os dentes com papel higiênico...

(mário liz)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

a saudade não morre. seu para sempre apenas dorme. é feito um sono de beleza. mas que quando desperta insurge mais intensa que a vida. e a saudade é o tempo que faz o Tempo passar rapidamente. e com a mesma força o alarga quando o sentir é não-estar. não estar perto. não estar pronto para a ausência. porque ninguém nunca está. porque a saudade é um moinho de duas caras. que tanto pode acalentar com sua canção de água e vento. como pode moer. e transformar a carne em pó. e a lembrança... em sofrimento.

(mário liz)   

Quem sou eu

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Pouso Alegre, Minas Gerais -, Brazil
Redator Publicitário e Planejamento Estratégico da Cartoon Publicidade, graduado em Publicidade e Propaganda pela UNIVAS. Bacharel em Direito, graduado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas. Roteirista do projeto multimídia E-URBANO1 e E-URBANO2, pela UNIVAS E UNICAMP. Ganhador do concurso nacional de redação de 2006 (MEC E FOLHA DIRIGIDA-RJ), onde superou mais de 37.000 concorrentes. Ganhador do Concurso de Redação da UFSCAR, em 2006. Colaborador da Revista Reuni. Tem publicações na revista científica RUA (UNICAMP) e no LIVRO DIGITAL DE 2011 (UNICAMP).