quinta-feira, 6 de novembro de 2008


Passinhos

(Mário Liz)

No verso pequeno o triste nem existe.
O triste faz-de-conta.
E o que existe faz-de-fato.
No verso pequeno a dor se vai no esparadrapo.
E tudo se fecha n’outro dia:
O corte da pele pela alma
E alma se abre pela pele: numa pele almada.
Pele pelada, livro aberto.
O mais belo aborto do coração.
Tão miúdo o versinho...

a engatinhar pelo chão
.

2 comentários:

Anônimo disse...

Mais uma palavra? Adoro.

Cristine Bartchewsky disse...

lovely.
beijos, poeta!

Quem sou eu

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Pouso Alegre, Minas Gerais -, Brazil
Redator Publicitário e Planejamento Estratégico da Cartoon Publicidade, graduado em Publicidade e Propaganda pela UNIVAS. Bacharel em Direito, graduado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas. Roteirista do projeto multimídia E-URBANO1 e E-URBANO2, pela UNIVAS E UNICAMP. Ganhador do concurso nacional de redação de 2006 (MEC E FOLHA DIRIGIDA-RJ), onde superou mais de 37.000 concorrentes. Ganhador do Concurso de Redação da UFSCAR, em 2006. Colaborador da Revista Reuni. Tem publicações na revista científica RUA (UNICAMP) e no LIVRO DIGITAL DE 2011 (UNICAMP).