quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Dentes e Flores II




Dentes e Flores II




(mário liz)




fui lançado entre dentes e flores.

em tridentes que rasgam amores.

e amores em unhas e dentes.

e espinhos à flor da pele das flores.

e pétalas no ranger dos dentes.

pois em mim não há dor que me cale o bastante.

e nem alegrias o suficiente.

que não me façam chorar o amanhã

exalado em minha alma presente.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

capricho


desde os tempos mais remotos (dinossauros, Adão e Eva)... que eu odeio Física. E odeio sem precedentes ...

mas com uma coisa eu tenho que concordar: existe energia até em um grão de poeira!







havia um grão de areia...
que parecia pequeno.
mas quis a vida -
num desses caprichos que ela me faz...
tirá-lo do chão.
e nas barbas de um mundo tão grande
por que raios ele tinha de se encontrar
logo com o meu
olho
?


(mário liz)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

(já?)neiro.



amigos leitores,

eu não costumo colocar "off" em minhas postagens. Acho que em toda história do meiomarmeiorio devo tê-lo feito umas duas vezes. Mas é que esta, em especial, merece uma colocação: a questão da "prostituta em seu lapso de santa". Agradeço à leitora e escritora Danielle, por criar o conto que em seu blog subdivide-se em: Uma dose de Humanidade e Lágrimas de Sangue, porque minha inquietação se fez a partir dele.

Quem quiser conferir a pérola, acesse: http://purasimpressoes.blogspot.com/ 

vale a pena.

um forte abraço e tenham um ótimo 2010.





um ano novo é como um filho que nasce. então há todo aquele cuidado: cortar o cordão, alimentá-lo, limpar a merda. e muito embora o tempo não pare, o ano pode morrer. e parece que em mim ele nasceu meio morto. aí chegam as pessoas e dizem: olha pro’s seus problemas, poeta... eles são tão pequenos. mas é que cada coração tem um tamanho. e cada corpo uma força. e eu sinto minha sombra um tanto mais arcada. sei lá se isso é cruz ou se é credo. o que sei é que não há segredo: minhas pernas doem. minhas costas doem. e às vezes bate uma vontade estranha de parar. não morrer, parar. é algo mais covarde que me doar à morte. e eu também não poderia me dar a esse luxo. não por mim, é claro. há gente que me ama (andando por aí). almejando mais tempo ao meu lado. e sinceramente... não sei me expressar quanto a isso. eu sei que é bom. e o que me dói mais é não achar tão bom assim. na verdade eu me sinto como uma prostituta que se faz de santa e horas mais tarde, volta ao metier. porque será assim quando eu terminar essa letra. ela sairá de mim em um parto de sangue e luz. mas o passo seguinte será o entrave: eu de cara com a vida e sem claridade. sem sangue. sem parto. só cuspe e úteros secos.




(mário liz)

Quem sou eu

Minha foto
Pouso Alegre, Minas Gerais -, Brazil
Redator Publicitário e Planejamento Estratégico da Cartoon Publicidade, graduado em Publicidade e Propaganda pela UNIVAS. Bacharel em Direito, graduado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas. Roteirista do projeto multimídia E-URBANO1 e E-URBANO2, pela UNIVAS E UNICAMP. Ganhador do concurso nacional de redação de 2006 (MEC E FOLHA DIRIGIDA-RJ), onde superou mais de 37.000 concorrentes. Ganhador do Concurso de Redação da UFSCAR, em 2006. Colaborador da Revista Reuni. Tem publicações na revista científica RUA (UNICAMP) e no LIVRO DIGITAL DE 2011 (UNICAMP).