O Pão Ósseo de cada dia
(mário liz)
depois do braile, quando li teu corpo. manhã de neblina (e cafeína). cheiro de cigarro. e escarro na rima. no pós-palco do meu vício. aberta a minha cortina. cortadas as cores. e os sabores na retina. como quem reteve a saliva. que te lavo na cara. com sangue e resina. sem luz do sol no teto do mundo. e nem mesmo o pavio da parafina. para o fino da minha angústia. para o feno do meu prato. o pão ósseo de cada dia roído hoje. amém.