Madame Satã no Paraíso dos Porcos
(Mário Liz)
sou a puta que pariu teu filho. tenho uma teta falha: ela tá mordida, não dá mais leite. só mesmo deleite (e a quem pagar mais). e falar menos. tem que ser sem beijo. tem que ser sem toque. é rock’n’roll, baby! vem por cima, de lado, por baixo: eu me encaixo no teu gosto. eu gosto é de sangrar na fenda. e de gritar entre sangue e merda. devida merda. merda de vida.
4 comentários:
porra... vai virar vídeo essa merda aí
Fascinante a maneira como abordou o assunto!
Beijo doce de lira!
forte, intenso, real..
muito tempo que não passava aqui.. bom voltar! beijos
Duas coisas me ficaram perseguindo neste texto.
A teta, não a falha, mordida, seca. Mas a outra. A oposta. Paralela? E o paralelo não pode ser oposto, o outro lado da mesma moeda? O vivo do morto, o fecundo do seco? Não? Que seja então... ou não.
E o toque, mais exatamente a falta de. Será mesmo possível? Será mesmo que não se tocou? Meu caro poeta, ouso discordar (tenha paciência, os loucos e ébrios o merecem), houve toque. Todo tipo. Tocaram a puta, rock, tocaram a você e a mim. Sabe o que não dá pra tocar aqui? O foda-se.
Desconsidere os exageros, sim. É que fui irremediavelmente tocada.
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