há uma força descompassada que me alarga o jeito. e que vem sisuda e sem tato na carne da alma do peito.
e há um brilho que bule e que adoça o fel dessa força. e quando ela vem é como se a dor fosse um rio que o Sol reduz numa poça.
há uma força que me pede uma peça a cada manhã que a vida tece. e eu vou de pronto aos atores que amo e que explodem enquanto a vida acontece.
há uma prece que me formiga na força dos passos. e há uma força que emana essa prece. que me desata em sangria e me apossa.
e há nesse todo uma vida impressa. minha carne exposta. meu respaldo à falta de tudo e de mim. e há uma força no meu vazio. e aqui miro a resposta.
(Mário Liz)
Um comentário:
E eu miro-te. Que ocorreu com o resto dos impressos??
beijos
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