segunda-feira, 8 de junho de 2009

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Isso de dizer: “te amo tanto que até dói”, existe e não existe. Existe porque é lugar-comum: se desprende da boca, todo mundo diz. Não existe, porque amar não dói. O que dói é querer em mão única; e o que não é par não é amor. Amor é par, tem 4 letras. Quatro letras tem 12 letras e também é par. Então amar tem aquela coisa de moleque: eu tenho porque recebo. Amar é bumerangue...

Parece sangue, mas é sangue só em cor. Parece cor, mas brilha sem o sol. Parece sol... e com ele se confunde. Talvez seja o Sol que esteja Dele mais perto. Ou quem sabe seja Ele que quando se faz a voar... vai pra perto do sol. Eu fico aqui com meu rol hipóteses e só consigo decifrar que... o amor é dois. Dois pra lá, dois pra cá, que nem valsa...

(Mário Liz)


13 comentários:

ilana disse...

...
(e a greve continua...hahaha)
=D

Lika disse...

Então amar tem aquela coisa de moleque: eu tenho porque recebo. Amar é bumerangue...

o amor é dois. Dois pra lá, dois pra cá, que nem valsa...

=DD

Como sempre, lindo texto..
Muito obrigada por tudo =]

amo você

Andréa Balsan disse...

"Amar é bumerangue..."
vai e volta... é algo que sempre traz algo para quem ama...
quem ama não ama sozinho, se não não é amor
e o que traz é algo chamado de vida
amar é viver

estou já dançando a valsa...

adorei seu poema como sempre
e concordo

Sour Girl disse...

amor é dois, amor é dois em um hehehe =)
dois eu + ele...ela + ele..eu +ela em amor(1)
Amor é bumerangue realmente .....
adorei o texto bjuuuu

Sayuri Haicai disse...

“Então, pra vocês que querem saber a fórmula.
A verdade, a bem verdade é que não há nenhuma mágica, segredo ou receita.
Sobre amar não há manuais, teses de mestrado. Não há pós-graduação nisso.
E há outro pormenor que deve ser observado. Não há segunda chance para o grande amor. Às vezes temos a sorte de encontrarmos a pessoa de nossa vida nessa vida mesmo. E bem, se isso te acontecer, agarre essa chance.
É mais fácil ganhar na loteria que encontrar o verdadeiro amor.
(Ou a amora. Ao vosso gosto.)
Quando encontrei foi como a abóboda celeste se curvasse até mim entregando sua estrela mais resplandecente.
O primeiro passo foi dado.
Quando eu percebi o quanto ele era lindo, descolado, que cantava como o passarinho de peito amarelo que mora numa das árvores da Redenção.
Quando vi sua responsabilidade, seus medos, seu jeito de sempre manter tudo desorganizado, eu me apaixonei. Me apaixono até pela maneira como fala que usa um óculos que tem grau de descanso, e que anda com uma dor na cabeça de forçar os faróis o dia todo no trabalho.
Adoro o fato de ele sempre me achar bonita. Mesmo quando meu cabelo está todo bagunçado, a sobrancelha revirada.
Gosto quando ele diz que me ama a cada meia hora e me deixa dopada de felicidade.
Reconheci a verdadeira beleza da vida quando soltei das ataduras do mundo e segurei as tuas mãos.”

PS.: Lindo como sempre... Como não te amar?(Mais que ontem e menos que amanhã. Eu amo você. A melhor coisa que já me aconteceu, não dói, só cresce e cresce).

*Minduim

Thamíris Dias disse...

Não sei, querido mala!

Acho que o amor às vezes dói e nem sempre é dois! (não são é é mesmo)... pode suceder que ele goste de ser 3 ou 4 (quatro pode porque é par!)... mas três o poeta diz que é impar... não sei, mala. E também, prefiro continuar na escuridão do não saber à me aventurar numa outra paixão... a vida é isso: dois! talvez o meu 1 (eu mesma) seja assim tão par! Tão contente em si mesmo, mas sei que não o é... no mais é isso que não disse!

Mas parabéns pelo poema! Sempre belas as palavras quando saltam de sua boca!!!

Beijos que chega!

Mário Liz disse...

... leitores, devo confessar: sou a contradição em pessoa. No poema "partos", do início de 2008, os primeiros versos relatam o amor numa outra acepção ... "eu te amo de um jeito tão intenso.
tão intenso que eu nem queria amar:
dói se passo. dói se faço. dói se penso.
dói se lembro e dói nas flores de setembro a força descabida desse amor. "

é algo estranho partilhar de duas opiniões antagônicas num prazo tão curto de tempo. No entanto, creio que, de fato o amor é "dois". Não que os outros sentimentos sejam menores... ; mas há algo de feedback no amor ... é como eu disse nessa última postagem: "o amor é bumerangue".

Eu creio que a coisa platônica e surreal caiam no plano da idealização.

idealizar e amar são verbos diferentes...

(pode até ser que, depois de algum tempo, eu publique um outro poema na linha do "te amo tanto que até dói" ...rs. O bom disso tudo é que sou poeta e conto com o perdão de vocês ... rs. )

Mário Liz disse...

"Isso de dizer: “te amo tanto que até dói”, existe e não existe. Existe porque é lugar-comum: se desprende da boca, todo mundo diz. Não existe, porque amar não dói. O que dói é querer em mão única; e o que não é par não é amor."

isso é amor!!! rs

Martinha disse...

Doi prá la, dois pra cá....gostei

Haicai disse...

"O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que
as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando.
Afinam e desafinam. Verdade maior."


João Guimarães Rosa

Carol "ex mala" disse...

Falou e disse!! Me emociono quando leio coisas que descrevem exatamente o amor que sinto...cara o Amor é Par, e o que não é Par não é Amor!!!O que mais agente precisa dizer?! Nada...tá tudo explicadinho bem aqui nos seus ultimos textos.

Amar não dói nem um pouco...dá um gelo na espinha, mas é um gelo gostoso de sentir todos os dias enquanto se espera a campainha tocar.

Adorei...e quando dizem que os poetas só escrevem quando estão sofrendo, mentira!!

Beijo!!!

Bruna disse...

Que lindo Bário! Adorei! Tinha postado algo sobre isso também! Não há amor quando apenas UM ultrapassa a margem do rio. O banho não é solitário e não é inteligente jogar água em quem não quer se molhar.

Beijos berrantíficos!

Cristine Bartchewsky Lobato disse...

é par. se não for par não é amor... é paixão, que sinifica patologia, doença... ou outra coisa qualquer... só é amor quando é querer bem e não pede, doa. sem esperar receber. mas recebe e multiplica... o bumerangue se torna infinito e a gente não cança de lançá-lo...

Quem sou eu

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Pouso Alegre, Minas Gerais -, Brazil
Redator Publicitário e Planejamento Estratégico da Cartoon Publicidade, graduado em Publicidade e Propaganda pela UNIVAS. Bacharel em Direito, graduado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas. Roteirista do projeto multimídia E-URBANO1 e E-URBANO2, pela UNIVAS E UNICAMP. Ganhador do concurso nacional de redação de 2006 (MEC E FOLHA DIRIGIDA-RJ), onde superou mais de 37.000 concorrentes. Ganhador do Concurso de Redação da UFSCAR, em 2006. Colaborador da Revista Reuni. Tem publicações na revista científica RUA (UNICAMP) e no LIVRO DIGITAL DE 2011 (UNICAMP).