gosto de falar do efêmero. é meu jeito de fugir dele. de fingir que talvez minha vida não suma num dia de vento forte. ou que pereça numa outra estação. acho que quando rechaço o amor é a mesma coisa. é um negar com o desejo de vivê-lo até a última gota. e em todas as outras partes o meu Todo é assim. gosto de me enganar. e de pensar que sou forte feito uma pedra esquecida. e amo isso de sonhar com o tempo de mãos dadas. desejar que ele não passe por mim. e que também nem chegue perto das pessoas que amo. sim, é a redoma que crio quando escrevo. e não me atrevo a pensar diferente. o dano em nada supera o bem de superExistir. mentiroso?! não... prefiro pensar que tenho mil vidas nas entranhas do coração. dá pra ser quase três pessoas por dia. e é isso que sou. mas por favor, não contem a ninguém. apenas, é claro, aos seus melhores amigos. que terão outros melhores amigos. e outros melhores amigos...
mário liz
mário liz
5 comentários:
Bario, Bario... o lindeza de palavras... :)
Beijo
Confissão em cochicho:
"dá pra ser quase três pessoas por dia".
[no mínimo] rs
Beijo,
Doce de Lira
Que seria de nós sem nossos outros "eus"? A individualidade é sim, nossa redoma, e está longe de ser algo q impeça a vida d passar. Mas aceitar o tempo é uma faca de dois gumes.
Uma Hora ou outra os tais "eus" podem se trombar e sem mais nem menos passarem a querer mais sagacidade...verdade essa coisa, dos 'eus'!
Singeleza de "Quintana", ironia de "Pessoa", introspecção de "Lispector".
YEAH!
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