a pulga que o pariu lhe expulsou de casa. e agora? o que será de você nessa greve que segue? o que será de você nessa greve de sangue? um Circo de Pulgas sem holofotes? um Circo de Pulgas sem elefantes? um circo de pulgas... sem pulgas? você tem um monólogo na manga? ou uma comédia em pé? ou ao menos uma pá pra erguer um refúgio após o tombo? ou edificar a sua tumba? ou até depois de morto você vai viver dos outros? será que você vai se mudar pra algum cachorro morto? e esperar que algum Jesus o ressuscite? ou vai suscitar a piedade alheia... e fazer mais um castelo de cartas e outro de areia?
(mário liz)
(mário liz)
3 comentários:
Não vou não...tá bom, desculpa!Pronto parei já...
Um belo toque, obrigada, foi pra mim?..rsrsrs
bjo
Só depende de você ser você mesmo.
Sem circo, sem piedade. Sem castelos.
E uma greve de pulgas.
A arte de cutucar o alheio. Poema muito forte, como sempre...
Amo.
mais um poema da série: "versos endereçados" ....rs mas, carolina, certamente os versos não foram a ti. Uma série de conjunturas no microcosmo que vivo levaram à composição deste poema. Tenho me sentido bastante atordoado com as reações das pessoas, o pseudo-puritanismo, o egoísmo e a capacidade de emitir julgados sem o menor fundamento... de eleger anjos e demônios e, por fim, tenho me sentido extremamente sufocado com este universo onde o centro de gravidade é sempre o umbigo das pessoas. Reparem, meus dois últimos poemas foram extremamente inquisidores ...;
em "a pele está marcada" ; há versos como "a pele está marcada e aversões por todos os lados: uns rangem os dentes, outros se perdem, muitos apontam pecados."; em "atonal", há versos como "por que você ainda insiste em descobrir tons? Tom é morto. Elis é morta. deixe o Tom de lado... e por favor, NÃO seja feliz! porque se você for feliz... neste mundo sem Tom e sem Elis...; nas noites com hambúrgueres e nada mais... você é realmente muito pouco. e é do tamanho daquilo que lhe satisfaz..." e por fim, o circo de pulgas da vida, representado nesta minha última postagem.
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