tanta poesia até hoje... e nada disso me serviu pra coisa alguma. poeta? o que é um poeta? quem é o poeta? um título é apenas um título. é aquilo que se põe na parte superior de um conto, de um poema ou de uma vida. mas e daí? um título não é nada sem uma obra, sem colunas, sem tijolos que o sustente. eu sou apenas uma casa construída em uma árvore. aquilo que se sonhou quando menino... e parou por ali. não tenho abrigo. não sou um abrigo. eu apenas me obrigo a viver, porque de resto, só não me acometi pela covardia. e dói um bocado... de repente você tem aquele infinito doce de cores nas mãos. e depois... não tem quase mais nada. aí você se dá conta que o infinito é só um símbolo inefável das aulas de matemática. e você se torna uma estatística no mundo dos números. eu me sinto assim porque descobri na carne que sonhar é diferente. e eu nunca sonhei... respirei uma vida toda de devaneios.
(mário liz)
4 comentários:
E, seu Bario! Impossivel não ficar emocionada com as suas palavras! Você tem realmente o dom!
Beijo
bruna ... esse dom não me serve pra nada ...
mas obrigado pelas leituras
Meio Mar Morto
Com a outra metade latente em vida.
A fúria é bem vinda,
Para personificar o humano.
Que grita,esbraveja e muitas vezes cala a verdade.
Nunca valeu de nada concreto.
Este termo mesmo certo?
Onde está o reconhecimento do álivio,
Por vezes,melhor do que o adquirido com o destilado acompanhado da nicotina.
Sem contar aquele risinho cínico,no preparo das entrelinhas.
E aquele que flui livremente,
que remete a mente a favorita recordação.
...
Então??
No final o que conta mesmo é a satisfação pessoal.
E é esse respirar quimeras que move os ciclos.
Que remonta abrigos e traz vida ao ser.
Ao Rio voraz que recebe e passa,
que passa e recebe.
Que segue até desembocar no Mar.
Com ricas,curtas,intensas,vagas...
Emaranhadas histórias pra contar.
Estamos "balzaquiando"... é a tal da crise dos 30?! Rolou uma baita identificação do lado de cá!
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