a vida inteira manipulei blá-blá-blás de todas as formas, vícios e bênçãos possíveis, passíveis e impossíveis de se crer. eram blá-blá-blás da alma, das ruas, dos bares, dos pares e das pessoas sós. já fui a carne de cada um deles... e me abandonei. deixei meu templo em um túmulo qualquer e decidi viver a não-vida-minha que sempre tive nas palavras que anoiteci ou acordei (em comum acordo com a minha loucura). mesmo assim, não quero meu corpo novamente. e nem nada que me lembre do chão. prefiro a morte. e com sorte, ser enterrado à sete palmos de nuvem.
(mário liz)
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