quarta-feira, 2 de maio de 2012

de Fá a Fá




os feriados costumam acabar. sempre. e os carnavais. e os orgasmos duram tão pouco. e depois da festa, o aniversário é um ano a menos de vida. e o sabor se despede rápido da língua. feito o perfume que se perde à medida que o vento assopra. e os heroísmos da embriaguez nos fazem pedir a morte no dia seguinte. e a música repetida nunca será um primeiro beijo. assim como a eternidade não está para o desejo. e as folhas e as flores e os fatos murcham. e as cores se apagam. e as pessoas se separam. e se ajuntam à solidão. que enlaça a tristeza. que abraça o vazio. que também acaba.

(mário liz)   

3 comentários:

Flora disse...

Sorte que o Brasil tá cheio de feriados. Rumo à 7 de Junho!

Sonho com o dia desses poemas tristes terminarem. Amo você.

Bruna disse...

Que lindo, esse poema, Mario! Amei!

Beijo

Renata de Aragão Lopes disse...

Uma delícia de texto!
Parabéns pela inspiração, Mário!

Discordo apenas quanto ao vazio.
Será que ele existe?

Um abraço a você
... e outro pra Flora!

PS: os poemas tristes,
como todos os outros,
jamais terão fim.
Tomara! : )

Quem sou eu

Minha foto
Pouso Alegre, Minas Gerais -, Brazil
Redator Publicitário e Planejamento Estratégico da Cartoon Publicidade, graduado em Publicidade e Propaganda pela UNIVAS. Bacharel em Direito, graduado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas. Roteirista do projeto multimídia E-URBANO1 e E-URBANO2, pela UNIVAS E UNICAMP. Ganhador do concurso nacional de redação de 2006 (MEC E FOLHA DIRIGIDA-RJ), onde superou mais de 37.000 concorrentes. Ganhador do Concurso de Redação da UFSCAR, em 2006. Colaborador da Revista Reuni. Tem publicações na revista científica RUA (UNICAMP) e no LIVRO DIGITAL DE 2011 (UNICAMP).