os feriados costumam acabar. sempre.
e os carnavais. e os orgasmos duram tão pouco. e depois da festa, o aniversário
é um ano a menos de vida. e o sabor se despede rápido da língua. feito o
perfume que se perde à medida que o vento assopra. e os heroísmos da embriaguez
nos fazem pedir a morte no dia seguinte. e a música repetida nunca será um
primeiro beijo. assim como a eternidade não está para o desejo. e as folhas e
as flores e os fatos murcham. e as cores se apagam. e as
pessoas se separam. e se ajuntam à solidão. que enlaça a tristeza. que abraça o
vazio. que também acaba.
(mário liz)
3 comentários:
Sorte que o Brasil tá cheio de feriados. Rumo à 7 de Junho!
Sonho com o dia desses poemas tristes terminarem. Amo você.
Que lindo, esse poema, Mario! Amei!
Beijo
Uma delícia de texto!
Parabéns pela inspiração, Mário!
Discordo apenas quanto ao vazio.
Será que ele existe?
Um abraço a você
... e outro pra Flora!
PS: os poemas tristes,
como todos os outros,
jamais terão fim.
Tomara! : )
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