Na fração de um dia
Um sopro de tempo ventou-me poesia.
Quebrou-me o esquecimento da alma na carne,
Da vereda vazia.
De quando eu estava em lugar algum,
De quando o agora doía.
De quando tudo me falava e nada me dizia.
De quando a fria palavra me tocava
E ante ao fogo minha pele sequer ardia.
De quando a vida apenas se mostrava
Da cortina que não se abria.
Mas se hoje há palco
Ainda que pouco me basto.
Pois há poesia no amargo que ranço.
E há poesia nas flores que faço.
(Mário Liz)
Um sopro de tempo ventou-me poesia.
Quebrou-me o esquecimento da alma na carne,
Da vereda vazia.
De quando eu estava em lugar algum,
De quando o agora doía.
De quando tudo me falava e nada me dizia.
De quando a fria palavra me tocava
E ante ao fogo minha pele sequer ardia.
De quando a vida apenas se mostrava
Da cortina que não se abria.
Mas se hoje há palco
Ainda que pouco me basto.
Pois há poesia no amargo que ranço.
E há poesia nas flores que faço.
(Mário Liz)
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