Este reticencialismo em meu existencialismo. Um abismo a cada passo dado. Dedos de luz pra acalentar o perdido. E meu verso a pendular multi lado. Entre linhas de tempo futuro-presente-passado. Tudo inverso. Morrer e nascer (todo dia um bocado). Toda boca em meu beijo falado. Toda falha tal como um pecado. E na sombra do riso. Um riso sem sombra. Escancarado. Tão na cara que ri nos poros. Tão intenso que nunca pára. Tão pirado que rodopia. Tão piada que me sacode. Eu tenho um riso que pode o que ninguém pode. Pois quando choro minh’alma explode. E quando explodo sou vento e partes. E quando vento sou tudo e todo. Eu que sou eu quando dentro de mim. Centro de ar e fogo. Palavra que dança e vive. Esquina do meu socorro.
(Mário Liz)
Um comentário:
Linda esquina, Maritos!
E o riso escarnado, escancarado, sofrido de lado...
Pendendo pra um lado, para o vago...
beijos
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