sábado, 21 de novembro de 2009
meio rio
meio rio
mário liz
sou uma centopéia com um cento de olhos
e outro cento de asas.
sento às margens do rio,
nos aposentos do pensamento
com cem olhos a pensar:
meu inferno corpulento
são as ranhuras do vento
quando há alma em mar.
quando há mar em minh’alma
mesmo o rio não se acalma
mas tua voz pequena me diz
em poema:
- calma, menino....
hoje não é dia de
mar.
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Quem sou eu
- Mário Liz
- Pouso Alegre, Minas Gerais -, Brazil
- Redator Publicitário e Planejamento Estratégico da Cartoon Publicidade, graduado em Publicidade e Propaganda pela UNIVAS. Bacharel em Direito, graduado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas. Roteirista do projeto multimídia E-URBANO1 e E-URBANO2, pela UNIVAS E UNICAMP. Ganhador do concurso nacional de redação de 2006 (MEC E FOLHA DIRIGIDA-RJ), onde superou mais de 37.000 concorrentes. Ganhador do Concurso de Redação da UFSCAR, em 2006. Colaborador da Revista Reuni. Tem publicações na revista científica RUA (UNICAMP) e no LIVRO DIGITAL DE 2011 (UNICAMP).
4 comentários:
a calma que o sr. procura está em uma embalagem de alcacelcer... mas sim... queria um mar pra morrer afogado... e um rio pra navegar sossegado
"...as pessoas se vão e os pensamentos ficam e se elidem n'outros pensamentos (dando um "olé" na efemeridade)."
Acredito que todos os atos, sentimentos, concepções de vida de cada pessoa são originados a partir de algumas poucas concepções básicas. Pedras fundamentais sobre as quais todo o resto é construído. Mas não são pilares de concreto, é algo muito mais etéreo, mas curiosamente, muito mais firme. Quase tudo que eu sinto e penso decorre de 5 ideias básicas que trago comigo desde muito cedo, talvez tenham sido absorvidas por mim (ou eu por elas) no exato momento do corte do cordão umbilical. Enfim... uma delas é que as relações são sempre efêmeras, mesmo quando duram muitos anos porque o tempo do Mundo vai muito, muito mais além do que o nosso tempo por aqui. Só que isso nunca me fez descrer na eternidade. Há laços indissolúveis. Em um segundo, o outro pode deixar de ser outro e passa a ser nós mesmos. A palavra, os sentimentos, as experiências, não só dão vários olés como também ganham o jogo de lavada. Alma lavada. Lavada de mar revolto.
Quer saber? Eu e os comigos de mim, como diria o poeta, sentem-se muito à vontade ao perceber suas inquietações mais profundas escritas pelas mãos (ou teclas) de alguém que poderia muito bem levar a alcunha de desconhecido, mas que faria com que a definição de conhecido fosse irremediavelmente alterada.
É mesmo lindo saber que não há constância em nada, nem no tudo, em ninguém, muito menos em alguém. Alguém que pensa com os olhos, que percebe que há tanto a ser visto e que o visto pode ser tão diverso, variado, que deixar que tudo isso seja processado por uma mente cheia de limitações e pré-concepções seria um enorme desperdício.
Bom vir aqui, é como sentar às margens do encontro das águas. Mar...Rio.
Gaijin, morrer e viver é algo que se vive todo dia, e você ... meu amigo ... sabe com autoridade como é morrer e viver num prazo de 24 horas.
não sei se mar e rio seriam compatíveis contigo, talvez fogo e éter ...
calma, menino... hoje pode ser dia de amar!
pode?
;)
adoro seu blog.
sempre me identifico.
uma leveza, uma sensibilidade que me arrepiam. beijos
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