quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Dentes e Flores II




Dentes e Flores II




(mário liz)




fui lançado entre dentes e flores.

em tridentes que rasgam amores.

e amores em unhas e dentes.

e espinhos à flor da pele das flores.

e pétalas no ranger dos dentes.

pois em mim não há dor que me cale o bastante.

e nem alegrias o suficiente.

que não me façam chorar o amanhã

exalado em minha alma presente.

13 comentários:

Mi - Leya Sky disse...

Parece que cada vez que abro aqui, encontro o que devo ler logo de cara.

;-)

Se cuida Poeta =)

Unknown disse...

foi pro meu perfil !!

''pois em mim não há dor que me cale o bastante.''

é ...

Renata de Aragão Lopes disse...

Sempre musical, Mário...
Adoro!

Beijo,
doce de lira

Sueli Maia (Mai) disse...

Há dores que não tem jeito.
Há outras que transformamos em poema ou canção. Abraços, poeta.

ju disse...

a gente se identifica mas só os poetas é que descrevem assim tão bem o que se passa por dentro... obrigada, amigo querido. Isso é lindo! :)

Barbara disse...

Dor que não te faz calar e alegria insuficiente, no mínimo sugere equilíbrio.
Não te abalas internamente, digo, no pedaço mais profundo de ti.
Mas o "causo" é que estamos sempre a passear nos labirintos, mesmo assim como o colocas, entre flores, tridentes e tudo o que se colhe e escolhe.
1 abraço.

Mário Liz disse...

- aqui, com a máxima venia, furto a idéia da Grande Poetisa Cristiane B. e digo: esse é um texto "parido com sangue e papel".

Agradeço a vocês por opinarem e registrarem suas impressões por aqui:

Andiara ... minha querida e louca amiga, a poetisa Renata que sempre faz minhas letras transbordarem de orgulho, a sempre voraz Bárbara (que tem a palavra certa pra doutor não reclamar), a querida Mi (visite mais vezes ...rs); Julee Pernambuco também sempre presente aqui (ela e seu humor e sua leveza), e por fim, Agradeço Mai (outra poetisa que está me seguir ... assim, ainda acabo flutuando ...rs)

abraço forte

Dani Pedroza disse...

Dentes que rangem. Unhas que rasgam. Flores, espinhos, pétalas. Pele, alma. Dor, alegrias. Futuro, presente. Presente.

Presente é o hoje. Presente é oferenda. Futuro é incerteza. Futuro é conquista. Tudo tem dois (ou mais) lados, outras facetas. E a gente vai trafegando entre as vertentes, inclusive as nossas, especialmente as nossas.

E no meio disso tudo, a gente (que não pode pedir asilo, muito menos um exílio voluntário) chora, sofre, curte, absorve, é absorvido... sente. Pressente. Vive o presente e pressente o futuro.

Você tem razão. Sutileza não é o forte da minha escrita. Será por isso que este lugar me atrai como imã? Ahhh... esqueci que Física não é seu forte... nem o meu. Então, a resposta terá que vir de outra "lei". Lei??? Não... rs.

Bjs.

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

...traigo
sangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...


desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ


TE SIGO TU BLOG




CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...


AFECTUOSAMENTE:
MARIO


DESEANDOOS UNAS FIESTAS ENTRAÑABLES OS DESEO FELIZ AÑO NUEVO 2010 Y ESPERO OS AGRADE EL POST POETIZADO DE LA CONQUISTA DE AMERICA CRISOL Y EL DE CREPUSCULO.

José
ramón...

Mari Arruda disse...

Olá,
vim até seu blog após ler um comentário-poema no "Impressões Digitais" e, ao chegar aqui, me deparei com poemas ainda melhores, ainda mais profundos e que realmente chamaram minha atenção.

Parabéns por seu trabalho e pelo blog!

Abraços, Mariana.

Mari Arruda disse...

Hm, eu concordo plenamente quando você diz que somos os organismos cancerosos da Terra. Concordo, também, quando diz que somos completamente viciados na tecnologia que desenvolvemos, todos os dias. Porém, em algum momento, eu deixei de acreditar que todo o lixo que produzimos é estritamente necessário. Parte dessa 'poluição' poderia ser evitada e pelo nosso próprio bem.

Algo que me ajudou a entender bem como poderíamos reduzir isso, sem necessariamente abrirmos mão de vícios tecnológicos, foi um vídeo do youtube chamado "Story of Stuff" (o link é: http://www.youtube.com/watch?v=gLBE5QAYXp8).

Talvez ele lhe seja indiferente, mas fez com que eu mudasse um pouco minhas visões de conservação do planeta.

Muito obrigada pelo comentário. Sem dúvida, ele foi extremamente útil para levar a novas e melhores reflexões!

Lara Gay disse...

vc não tem noção do quanto gosto de te ler... "fui lançado entre dentes e flores. em tridentes que rasgam amores. e amores em unhas e dentes." é de uma poesia, leveza e inteligência que me fazem ler e reler várias vezes, e no fim sempre abro um sorriso de satisfação. um sorriso de agradecimento. obrigada por isso. vc é um poeta!

Sueli Maia (Mai) disse...

E não entre dentes, um sentimento se fez letra.

Abraços

Quem sou eu

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Pouso Alegre, Minas Gerais -, Brazil
Redator Publicitário e Planejamento Estratégico da Cartoon Publicidade, graduado em Publicidade e Propaganda pela UNIVAS. Bacharel em Direito, graduado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas. Roteirista do projeto multimídia E-URBANO1 e E-URBANO2, pela UNIVAS E UNICAMP. Ganhador do concurso nacional de redação de 2006 (MEC E FOLHA DIRIGIDA-RJ), onde superou mais de 37.000 concorrentes. Ganhador do Concurso de Redação da UFSCAR, em 2006. Colaborador da Revista Reuni. Tem publicações na revista científica RUA (UNICAMP) e no LIVRO DIGITAL DE 2011 (UNICAMP).