Cara Luxúria,
você é mesmo cara em luxo e fúria. entre corpo e cara: à beira de tudo, se tudo é noite. a madrugada-sina: amar, drogada sina de amar a noite. vício que o meu verso assina: essa cena de me ver de perto. sem teto, ombros leves. leves ombros: facilmente vão do céu. aos meus escombros.
você é mesmo cara em luxo e fúria. entre corpo e cara: à beira de tudo, se tudo é noite. a madrugada-sina: amar, drogada sina de amar a noite. vício que o meu verso assina: essa cena de me ver de perto. sem teto, ombros leves. leves ombros: facilmente vão do céu. aos meus escombros.
(mário liz)
7 comentários:
Ao inves da campanha "Um berrante para Mario", vou fazer a campanha do seu livro! Rs
Beijo!
que luxo ter um amigopoesia, de escombro só a licença poética, isso é concretude das boas!!! <3 beijos!
Meu caro poeta
o ´vicio é o engraçado da vida
e a luxuria é o mais doce pecado
ou não
beijos
Drogada sina de amar a noite ...
Gostei demais disso !!
Mário,
agradeço tudo que me disse, há pouco, lá no Doce de Lira. Também admiro muito a musicalidade de sua escrita, prosa poética sempre tão originalmente pontuada.
Beijo,
Renata
"a madrugada-sina: amar, drogada sina de amar a noite."
O amor à madrugada não é o amor de namorados sentados no banquinho da praça. Não é o amor de juras de eternidade. Não é o amor de águas mansas. O amor à madrugada é a ardência da certeza de que o dia está por vir. É o fogo que arde na iminência de se apagar. É a intensidade de toda uma vida em uns segundos. É a bebida que embriaga, o silêncio que ecoa, a luxúria que santifica. A escrita.
"vício que o meu verso assina: essa cena de me ver de perto."
O meu verso me liberta. E, ao me libertar, arrebata minha alma de vez. Não solta, leva, arrasta até a frente do espelho rachado. Meu verso me obriga a ver de perto a imagem de cada um dos lados da rachadura. Imagens tão diferentes, tão opostas, tão minhas.
Noite e verso. Noite é verso. E o dia? Seria a frente desse verso? Não creio que seja tão simples assim. E se for? Que seja, não faz diferença. Não é questão de escolha. É sina. É quem assina. A carta à luxúria.
P.S.: Desculpa a confusão das palavras, querido amigo, mas de baixo pra cima, é o quinto post seu que comento um atrás do outro. Acho que me embriaguei. Não sei se de verso, de madrugada ou de vida.
este retorno que tenho de vocês é o que realmente vale ... é como uma tempestade de ânimo no sangue que flui em minha alma. Bruna sempre com suas palavras que me acalentam, Andiara, com sua amizade e identificação, Renata Aragão com sua música-poema destilada aqui - uma verdadeira honra pra mim - ;Julee com seu jeito rasgado de ser e sempre com suas palavras de incentivo, e, por fim, a Danielle, que tem por princípio extrair o raio X da minha letra. E o mais certo de tudo é que deste raio X, resta-nos apenas o X, que por sinal é a letra mais usada em todas a incógnitas matemáticas. Pois bem: de exato mesmo na poesia, temos apenas as incógnitas!
Um grande abraço a todos vocês.
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