segunda-feira, 26 de julho de 2010

escOMBROS...

Cara Luxúria,

você é mesmo cara em luxo e fúria. entre corpo e cara: à beira de tudo, se tudo é noite. a madrugada-sina: amar, drogada sina de amar a noite. vício que o meu verso assina: essa cena de me ver de perto. sem teto, ombros leves. leves ombros: facilmente vão do céu. aos meus escombros.
 
(mário liz)   

7 comentários:

Bruna disse...

Ao inves da campanha "Um berrante para Mario", vou fazer a campanha do seu livro! Rs

Beijo!

ju disse...

que luxo ter um amigopoesia, de escombro só a licença poética, isso é concretude das boas!!! <3 beijos!

Andréa Balsan disse...

Meu caro poeta
o ´vicio é o engraçado da vida
e a luxuria é o mais doce pecado
ou não
beijos

andiara disse...

Drogada sina de amar a noite ...
Gostei demais disso !!

Renata de Aragão Lopes disse...

Mário,

agradeço tudo que me disse, há pouco, lá no Doce de Lira. Também admiro muito a musicalidade de sua escrita, prosa poética sempre tão originalmente pontuada.

Beijo,
Renata

Dani Pedroza disse...

"a madrugada-sina: amar, drogada sina de amar a noite."

O amor à madrugada não é o amor de namorados sentados no banquinho da praça. Não é o amor de juras de eternidade. Não é o amor de águas mansas. O amor à madrugada é a ardência da certeza de que o dia está por vir. É o fogo que arde na iminência de se apagar. É a intensidade de toda uma vida em uns segundos. É a bebida que embriaga, o silêncio que ecoa, a luxúria que santifica. A escrita.

"vício que o meu verso assina: essa cena de me ver de perto."

O meu verso me liberta. E, ao me libertar, arrebata minha alma de vez. Não solta, leva, arrasta até a frente do espelho rachado. Meu verso me obriga a ver de perto a imagem de cada um dos lados da rachadura. Imagens tão diferentes, tão opostas, tão minhas.

Noite e verso. Noite é verso. E o dia? Seria a frente desse verso? Não creio que seja tão simples assim. E se for? Que seja, não faz diferença. Não é questão de escolha. É sina. É quem assina. A carta à luxúria.

P.S.: Desculpa a confusão das palavras, querido amigo, mas de baixo pra cima, é o quinto post seu que comento um atrás do outro. Acho que me embriaguei. Não sei se de verso, de madrugada ou de vida.

Mário Liz disse...

este retorno que tenho de vocês é o que realmente vale ... é como uma tempestade de ânimo no sangue que flui em minha alma. Bruna sempre com suas palavras que me acalentam, Andiara, com sua amizade e identificação, Renata Aragão com sua música-poema destilada aqui - uma verdadeira honra pra mim - ;Julee com seu jeito rasgado de ser e sempre com suas palavras de incentivo, e, por fim, a Danielle, que tem por princípio extrair o raio X da minha letra. E o mais certo de tudo é que deste raio X, resta-nos apenas o X, que por sinal é a letra mais usada em todas a incógnitas matemáticas. Pois bem: de exato mesmo na poesia, temos apenas as incógnitas!

Um grande abraço a todos vocês.

Quem sou eu

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Pouso Alegre, Minas Gerais -, Brazil
Redator Publicitário e Planejamento Estratégico da Cartoon Publicidade, graduado em Publicidade e Propaganda pela UNIVAS. Bacharel em Direito, graduado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas. Roteirista do projeto multimídia E-URBANO1 e E-URBANO2, pela UNIVAS E UNICAMP. Ganhador do concurso nacional de redação de 2006 (MEC E FOLHA DIRIGIDA-RJ), onde superou mais de 37.000 concorrentes. Ganhador do Concurso de Redação da UFSCAR, em 2006. Colaborador da Revista Reuni. Tem publicações na revista científica RUA (UNICAMP) e no LIVRO DIGITAL DE 2011 (UNICAMP).