quero você. e você. e você. e saibam: há mais poesia na minha saudade que na saudade de todas as pessoas. há mais vento em minha tempestade pois há menos tempo em mim. meu dia é um sopro. minha noite, um estalo. não me calo pra dormir. a dor não vai se dirimir num sono. nem vai me acenar se for embora. e isso faz do meu tempo a metade de um agora. ou menos que isso : o intervalo entre o chão e o precipício. a queda de peito aberto. meus cacos. meus trecos. e essa vontade quasETERNA de nunca mais me encontrar...
(mário liz)
7 comentários:
nada cura a dor de um alma partida em cacos. cuida desse teu coração, poeta. bjo
Tenho medo e desejo de me ver em pedaços dessa incompletude. Tenho medo e não desejo mais pq assim eu já sou.
Maravilhoso,
belissímo
adorei
E que possamos dividir essa vontade quaseterna de nunca mais nos encontrarmos....
Belo demais...meu poeta preferido...
Gordo fazendo gordics maravilhosas! rs
"há mais poesia
na minha saudade
que na saudade
de todas as pessoas.
há mais vento
em minha tempestade
pois há menos tempo
em mim."
Retornou em grande estilo, Mário!
Um abraço,
Doce de Lira
"há mais poesia na minha saudade que na de todas as outras pessoas", nossa, perfeito!
Seu estilo de escrita é fascinante! Sou muito "chata" pra ler e, confesso, adoro ler o que vc escreve ;)
Continue assim, poeta! Com esse peito bem aberto "nessa vontade quaseterna de nunca mais se encontrar"!
Gosto do meu tempo quando em um minuto de leitura ele fica eternizado nas palavras dos outros.
Maravilhoso texto!
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