quinta-feira, 3 de março de 2011

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ser um poeta maldito é uma benção. bem-aventurados aqueles que o são. minha carne na fogueira, um poema desbocado. e a costumeira aflição: viver e querer, querer o que vier, não ter, não ser, não querer. estar onde o estrondo estiver. e no meio do caos, assoviar. e o aço virar um pedaço de céu. e a solidez da alma não passar de uma nuvem. uma coisa que vem e vai. e que morre orvalho na pele da planta... se o dia canta e a noite cai. e ser um poeta maldito é embrenhar na noite caída. e emprenhar essa luz com cheiro de morte. com toda a maldita loucura devida.


(mário liz)

3 comentários:

NFStotz disse...

... "a solidez da alma não passar de uma nuvem" ...

Flora disse...

e fazer da tristeza um poema irônico. e rir do que dói, e amar quem odeia. ser poeta maldito é mais que uma maldição... é uma sina.

Mário Liz disse...

essa sina. essa cena. assassina.

Quem sou eu

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Pouso Alegre, Minas Gerais -, Brazil
Redator Publicitário e Planejamento Estratégico da Cartoon Publicidade, graduado em Publicidade e Propaganda pela UNIVAS. Bacharel em Direito, graduado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas. Roteirista do projeto multimídia E-URBANO1 e E-URBANO2, pela UNIVAS E UNICAMP. Ganhador do concurso nacional de redação de 2006 (MEC E FOLHA DIRIGIDA-RJ), onde superou mais de 37.000 concorrentes. Ganhador do Concurso de Redação da UFSCAR, em 2006. Colaborador da Revista Reuni. Tem publicações na revista científica RUA (UNICAMP) e no LIVRO DIGITAL DE 2011 (UNICAMP).