ser um poeta maldito é uma benção. bem-aventurados aqueles que o são. minha carne na fogueira, um poema desbocado. e a costumeira aflição: viver e querer, querer o que vier, não ter, não ser, não querer. estar onde o estrondo estiver. e no meio do caos, assoviar. e o aço virar um pedaço de céu. e a solidez da alma não passar de uma nuvem. uma coisa que vem e vai. e que morre orvalho na pele da planta... se o dia canta e a noite cai. e ser um poeta maldito é embrenhar na noite caída. e emprenhar essa luz com cheiro de morte. com toda a maldita loucura devida.
(mário liz)
3 comentários:
... "a solidez da alma não passar de uma nuvem" ...
e fazer da tristeza um poema irônico. e rir do que dói, e amar quem odeia. ser poeta maldito é mais que uma maldição... é uma sina.
essa sina. essa cena. assassina.
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