... e eu me perco na poesia de me perder e me pender, dependurar. e de pé, durar até o corpo dizer não: não pare! paire se a vida pede chão. a vida pé-de-chão e seu cimento. não há de concretar-me a perdição. e o pé-de-vento.
(mário liz)
(mário liz)
6 comentários:
Tão bonito e criativo o que escreves. Muito bom ler tudo por aqui.
Beijo, bom fim de semana!
Fiquei perdida pela poesia e pairando no ar pensando nessa tal perdição...
xero!
"e eu me perco
na poesia de me perder
e me pender, dependurar"-me,
se depender.
Texto fantástico!
Quanta aliteração!
E pede chão, pé-de-chão,
pé-de-vento.
Concretar-me
em algum cimento.
Parabéns pela arte!
Um abraço,
Doce de Lira
Gostei do clima...
Sigo o rastro!
sempre grato a vocês ... ! Expor minha alma é uma necessidade, mas fazê-lo aqui para leitores como são os do meiomarmeiorio; é o prazer na perfeita harmonia do que me é vital.
A minha escrita, por vezes, me aliena desse mundo de concreto. Mas ela é justamente a água que dá liga nessa mistura transformando um monte de coisa numa só: o cimento que vai sustentar minhas pontes, castelos, caminhos.
A minha escrita é o que me permite seguir todos os pés-de-vento. Ela é meu pé de feijão. Subindo por seus galhos posso chegar aos céus, assim como nas raízes mais profundas.
Minha escrita é minha perdição redentora. O caminho tortuoso por onde me encontro quando me perco de todo o resto.
Mas o assunto não é a minha escrita, é a sua poesia. O que ELA é?
O que ela é????????
Ela não é uma coisa ou outra coisa. Ela é... Meiomarmeiorio.
P.S.: Uma palavra me veio à cabeça agora: imensidão.
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